segunda-feira, 26 de março de 2007

Inês de Castro






http://pt.wikipedia.org/wiki/Inês_de_Castro
http://www.vidaslusofonas.pt/inesdecastro.htm
http://www.cartografia.eng.br/sandraperes/academico/inescastro.php
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=511



http://www.hotel-dona-ines.pt/Geral/Historia.html



http://www.universal.pt/scripts/hlp/hlp.exe/artigo?cod=5_31



http://www.portugalvirtual.pt/_lodging/costadeprata/quinta.das.lagrimas/pthistory.html



http://estagioesdica.no.sapo.pt/estagio.htm



http://oslusiadas.no.sapo.pt/episodio8.html




Inês de Castro é uma figura da história de Portugal tomada inúmeras vezes como tema de várias obras literárias, não só na literatura nacional, como também na de outros países.
A Inês de Castro histórica era filha de um fidalgo galego, D. Pedro Fernandes de Castro. Foi uma das damas que acompanharam D. Constança quando esta veio para Portugal para casar com D. Pedro, futuro D. Pedro I, filho de D. Afonso IV. Este apaixonou-se por D. Inês, de quem teve filhos, e, segundo algumas fontes, declarou ter casado com ela, secretamente, já após a morte de D. Constança.
O amor de D. Pedro e D. Inês suscitou forte oposição por motivos de ordem política. Temia-se que D. Fernando (filho de D. Pedro e D. Constança) fosse afastado do trono, tornando-se herdeiros da coroa os filhos de D. Inês. Por esse motivo, D. Afonso IV, pressionado pelos seus conselheiros, mandou executar Inês.
Esta história de amor trágico tem sido tema de obras teatrais, narrativas e líricas que abordam, em maior ou menor grau, quer o fundo psicológico de Inês, quer o conflito de que ela é centro. Como fonte mais próxima dos acontecimentos, os escritores que a ela se referiram tinham as crónicas de Fernão Lopes e Rui de Pina, entre outros.
A primeira aparição dos amores de D. Inês na literatura dá-se com as Trovas à Morte de Inês de Castro, de Garcia de Resende, no Cancioneiro Geral de 1516. Nelas, Inês, no Inferno, lamenta a tristeza da sua sorte, advertindo as mulheres para os perigos do amor. No entanto, é com Os Lusíadas, de Luís de Camões, que se constitui o mais influente fundo lírico do episódio de D. Inês de Castro, a «linda Inês», tal como surge no canto III. Muitas das referências a espaços, como os campos do Mondego, e à figura dos carrascos surgem pela primeira vez neste poema, como parte integrante da história nacional. A influência da obra de Camões, em geral, na literatura portuguesa, contribuíu em muito para firmar Inês de Castro como uma das suas personagens mais férteis. Em 1587, era editada A Castro, a primeira tragédia clássica portuguesa, que, como tema nacional, aproveitava precisamente os amores de D. Inês, dando particular atenção ao conflito interior de D. Afonso IV, nas suas hesitações quanto à sorte a dar à mulher do seu filho.
Ao longo dos séculos, a história de D. Pedro e D. Inês foi sendo enriquecida com inúmeros outros pormenores, dentro e fora de Portugal. O espanhol Jeronimo Bermudez escreveu a Nise Lacrimosa. No século XVII, a união com Espanha proporcionou um maior contacto cultural entre os dois países. Escritores portugueses escreveram também sobre o tema em castelhano, como foi o caso de D. Francisco Manuel de Melo, com os Sonetos a la Muerte de D. Inês de Castro. No século XVIII, Inês de Castro (1723), do francês Houdar de la Motte, celebrizou a história de Inês em toda a Europa, acentuando os aspectos sentimentais.
Em Portugal, os amores de D. Inês popularizaram-se, não só na literatura erudita (com os árcades Manuel de Figueiredo e Reis Quita), mas também entre o povo, com o teatro de cordel. Também Bocage lhe dedicou uma cantata.
Com o Romantismo, aumentou o interesse pelos factos históricos associados ao episódio. Alexandre Herculano e Oliveira Martins, entre outros, procuraram investigar, com algum rigor, as pessoas e factos históricos. No entanto, o fundo sentimental dos amores trágicos do par destes amantes respondia também ao gosto do público, quer pelo seu fatalismo, quer pelo conflito, que opunha o indivíduo à sociedade (corporizada no Estado e em Afonso IV), quer pela sua localização na época medieval. O historicismo que caracteriza este período reflecte-se, pois, na literatura então escrita sobre o tema, e nomeadamente nos dramas históricos de Henrique Lopes de Mendonça (A Morta) e António Patrício (Pedro, O Cru), sendo de notar uma crescente atenção à figura de D. Pedro.
Após o Romantismo, o tema persistiu vivamente numa literatura de carácter nacionalista e saudosista, explorando aspectos da lenda, persistindo em todo o século XX. Mais recentemente, podem indicar-se exemplos como os dos poetas Ruy Belo, Miguel Torga ou Natália Correia. Mesmo a nível internacional, e já no século XX, alguns escritores têm recorrido a Inês de Castro como tema das suas obras. Disso é exemplo o escritor existencialista francês Henri de Montherlant, com La Reine Morte.
Enquanto personagem, Inês de Castro tem assumido características diferentes de acordo com o autor e a época em que os textos são produzidos. A universalidade e intemporalidade do tema do amor puro (que sobrevive à morte, no caso de D. Pedro; um dos aspectos fecundos da lenda é o da coroação de Inês, já morta, por D. Pedro, e o da vingança cruel do rei, que persegue e executa barbaramente os seus carrascos), a tragédia da morte inocente face à mesquinhez dos interesses humanos, têm garantido à figura de D. Inês uma resistência ao tempo e possibilitado uma actualização permanente, em termos estéticos, dos meios de contar a sua história. Mais do que uma personagem, Inês, e com ela D. Pedro, é o símbolo do amor inocente e infeliz.
Para uma melhor compreensão do episódio será passado nas aulas o filme "Inês de Portugal" com Heitor Lourenço e Rui de Carvalho.

9 comentários:

Anônimo disse...
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Marcio 9ºC disse...

Eu achei o filme interessante e bem representado. Tinha umas cenas mais interessantes que outras, mas em geral era um bom filme.
A parte que gostei menos foi quando o rei mandou matar a Inês de Castro.
Eu dou **** ao filme...


Ass.: Márcio 9ºC

Anônimo disse...
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Pedro disse...

O filme esta muito bem representado gostei muito de ver achei divertido parte que mais gostei foi quando o rei D.Pedro mandou tirar os corações aos que ajudaram a matar a rainha porque sinceramente eles n tinham coração em ajudar a matar uma rainha indefesa!

Cristiano disse...
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Tiago 9ºc 19 disse...
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carlos_20 disse...
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Jorge Almeida disse...

Alguns comentários foram removidos por conterem erros ortográficos muito graves.

Unknown disse...

Muito bom e importante gostei do vídeos