quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
A Aia
(Em cena estão a Aia, o Rei, a Rainha, o Escravozinho e o Príncipe)
REI – Adeus, minha querida, vou partir para batalhar por terras distantes.
RAINHA – O que vai ser de mim, que fico solitária e triste, sem poder defender o nosso principezinho dos seus ferozes inimigos?
REI – Enquanto eu estiver vivo, ninguém lhe fará mal. Quando eu regressar, o nosso filho será o herdeiro de um reino muito maior e mais importante. Adeus, minha querida e adeus, meu filho (dá um beijo à Rainha e outro ao Príncipe deitado no seu berço real e depois parte, deixando a Rainha triste).
AIA – Pressinto que algo de mau vai acontecer… (amamentando as duas crianças…).
(Entra um Cavaleiro em cena, ensanguentado por uma batalha perdida).
CAVALEIRO – Majestade, trago más notícias. Perdemos a batalha e o nosso rei morreu juntamente com o seu exército.
RAINHA – (Gritando) O que será de mim e do meu Príncipe, que não se pode defender… Ele tem tantos inimigos e o pior é o seu tio, um homem bravio como um lobo, que quer mandar neste reino e nos nossos tesouros. Ele descerá lá dos montes e matá-lo-á para ficar herdeiro do reino.
AIA – Descanse, majestade, que o nosso Rei lá no Céu velará por nós… (enquanto chorava e beijava o príncipe).
RAINHA- Uma roca não governa como uma espada. Eu, uma frágil mulher, não conseguirei comandar um exército para defender o nosso Príncipe….
(A Rainha sai de cena, chorando…)
AIA – Estão a invadir o castelo! É o malvado tio bastardo… (beijando as crianças, troca-as de berço e cobre-as).
(Entra em cena o tio e, olhando para os berços, retira a criança que estava no berço mais rico, fugindo com ela ).
(Entra em cena a rainha, correndo chorosa para o berço onde estaria o seu filho e, ao vê-lo vazio, desmaiou. A Aia pega na rainha pela mão e dirige-se ao berço do seu filho e destapou-o, mostrando o Príncipe, que dormia).
CAPITÃO (entrando) – Matámos o Bastardo, mas o Principezinho também morreu esganado…
RAINHA – O Principezinho está aqui…. (ergueu os braços com o príncipe).
POVO – Quem o salvou? Quem?
RAINHA – Foi a Aia que sacrificou o seu filho em vez do príncipe! (abraçando-a).
POVO – É preciso recompensar esta mulher! Mas como? Que bolsas de ouro podem pagar um filho?
CAPITÃO – Levem-na ao tesouro real para ela escolher as riquezas que quiser.
(Dirigem-se ao tesouro real)
POVO – Ah! Tantas riquezas! Que Jóia maravilhosa, que fio de diamantes, que punhado de rubis ela escolherá?
AIA(agarrando um punhal) – Salvei o meu Príncipe. Agora vou dar de mamar ao meu filho! (Crava o punhal no coração).
Jorge Almeida
domingo, 21 de outubro de 2007
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
http://gmas.no.sapo.pt/Ficheiros/gmas%20-%20introducao.htm
http://www.iep.uminho.pt/aac/lic/te/ate03/gm/
Madrugada:
Primavera:
Parêntesis
Parêntesis das Murmurações
Outono
Inverno
http://www.webvestibular.com.br/resumos_imprimir.aspx?r=1&cod=263
Jorge Amado
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
terça-feira, 16 de outubro de 2007
"Mar Português" de Fernando Pessoa
X. MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
sábado, 6 de outubro de 2007
sábado, 8 de setembro de 2007
"A Aia" de Eça de Queirós
Resumo do conto
A aia é a história da ama de leite de um princípe, exemplo máximo de valores como a lealdade e a fidelidade.
O conto começa com o rei derrotado e morto após uma batalha. A rainha desolada tentou fazer de tudo para proteger o seu filho, herdeiro do reino. Contudo, o tio da criança, o irmão bastardo do rei, um homem tenebroso e sombrio, estava ansioso por se sentar no trono, e disposto a tudo para consegui-lo.
Uma noite, depois de embalar o príncipe, a aia deitou-se e adormeceu. Mas rapidamente acordou com o barulho dos passos do bastardo, que vinha para matar o príncipe. O seu filho, dormia num berço de verga ao lado do princípe. Num movimento rápido, ela trocou os bebés salvando o seu futuro rei à custa da vida do seu filho.
A rainha apercebendo-se do que a aia tinha feito agradeceu-lhe, prometendo dar-lhe todas as riquezas. A aia escolheu um punhal e, dizendo que salvara o seu príncipe e que, naquele momento, ia dar de mamar ao seu filho, cravou o punhal no coração.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
"O Cavaleiro da Dinamarca" de Sophia de Mello Breyner
http://profviseu.com/profes/02/23b/Grupo5/default.htm
http://www4.crb.ucp.pt/Biblioteca/Mathesis/Mat10/mathesis10_287.pdf
http://www.proformar.org/teia/tdin/recursos/did_especifica/l_portuguesa/Cavaleiro.ppt
http://videos.sapo.pt/cs8l27dkTv3ovZqnEpnq
Testes:
http://www.geamangualde.net/Recursos/Download/Tema_3/cavdadinam.htm
http://www.eb23-monte-caparica.rcts.pt/webquests/Mace/index.htm
http://www01.madeira-edu.pt/projectos/vemaprenderportugues/Testes/7Ano/Docs/testes_cavaleiro.htm
sábado, 1 de setembro de 2007
Fábulas
Já entre assírios e babilónios a fábula era cultivada. Foi o grego Esopo, contudo, quem consagrou o género. La Fontaine foi outro grande fabulista, imprimindo à fábula grande refinamento. George Orwell, com sua Revolução dos Bichos (Animal Farm), compôs uma fábula (embora em um sentido mais amplo e de sátira política).
As literaturas portuguesa e brasileira também cultivaram o género com Sá de Miranda, Diogo Bernardes, Manoel de Melo, Bocage, Monteiro Lobato e outros.
Análise de Fábulas:
http://www.prof2000.pt/users/secjeste/alternativas09/Pg000080.htm
Lendas
Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos.
De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação aventuresca humana.
Com exemplos bem definidos em todos os países do mundo, as lendas geralmente fornecem explicações plausíveis e até certo ponto aceitáveis para coisas que não têm explicações científicas comprovadas, como acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
wikipedia
Lendas do distrito do Porto
O Senhor de Matosinhos
Segundo a tradição, a imagem do Senhor de Matosinhos é uma das mais antigas de toda a cristandade. A lenda diz que esta imagem foi esculpida por Nicodemos, que assistiu aos últimos momentos de vida de Jesus, sendo por isso considerada uma cópia fiel do seu rosto. Nicodemos esculpiu mais quatro imagens mas esta é considerada a primeira e a mais perfeita. A imagem é oca porque nela teria Nicodemos escondido os instrumentos da Paixão e, nesses tempos de perseguição, os objectos sagrados eram escondidos ou atirados ao mar para escaparem à fogueira. Nicodemos atirou a imagem ao mar Mediterrâneo, na Judeia, e esta foi levada pelas águas, passou o estreito de Gibraltar e veio dar à praia de Matosinhos, perdendo na viagem um braço. A população de Bouças ergueu-lhe um templo e designou a imagem por Nosso Senhor de Bouças, venerando-a durante 50 anos pelos seus muitos milagres. Mas um dia, andava uma mulher na praia de Matosinhos a apanhar lenha para a sua lareira, quando encontrou um pedaço de madeira que juntou aos restantes. Em casa, lançou-o ao fogo mas este pedaço saltou da lareira não só da primeira, mas como de todas as vezes que ela o tentava queimar. A sua filha, muda de nascença, fazia-lhe gestos desesperados para que dizer qualquer coisa e, por fim, balbuciou, perante o espanto da mãe, que o pedaço de madeira era o braço de Nosso Senhor das Bouças. Assombrada pelo milagre a população verificou que o braço se ajustava tão bem à imagem que parecia que nunca dela se tinha separado. No século XVI, a imagem foi mudada para uma igreja em Matosinhos, construída em sua honra, ficando a ser conhecida por Nosso Senhor de Matosinhos.
Santiago e Caio
No ano de 44 da era de Jesus Cristo, passeava pela praia de Matosinhos um ilustre cavaleiro da Maia, Caio Carpo Palenciano, com a sua mulher Claudina e vários parentes e amigos. Cavalgava o grupo pelo areal quando alguém vislumbrou uma barca que se dirigia para norte. Os cavaleiros e as damas pararam todos para apreciar o ritmo e a beleza da embarcação, quando inexplicavelmente o cavalo de Caio galopou para dentro do mar, apesar de este o tentar evitar, como se fosse obrigado por uma força desconhecida. Cavalo e cavaleiro imergiram no mar e desapareceram para ressurgirem perto da barca, para onde subiram cobertos de vieiras. Quando perguntaram à tripulação o motivo deste fenómeno e qual a razão da sua viagem, estes explicaram que eram discípulos cristãos de um homem chamado Tiago. Tinham fugido de grandes perseguições, levando o corpo do seu Mestre para terras de Espanha, onde Tiago tinha pregado o Evangelho. Segundo estes homens, o fenómeno ocorrido com Caio e o seu cavalo poderia ser explicado pelo facto de ele ser um escolhido de Nosso Senhor. As vieiras eram o sinal de Santiago que queria ver Caio abraçar a lei de Deus. Comovido, Caio foi ali mesmo baptizado com água do mar e, quando voltou para junto dos seus familiares e amigos, a todos converteu com o extraordinário feito de Santiago. As vieiras ficaram a fazer parte do brasão da nobre família Pimentel de Trás-os-Montes, descendentes, segundo se crê, de Caio Carpo Palenciano.
Lenda de Valongo e Susão
Os nomes de Valongo e Susão têm origem nesta lenda que remonta à época em que alguns cristãos perseguidos no Oriente se refugiaram em Cale, foz do rio Douro. Entre eles estava o rico negociante judeu Samuel, recém convertido ao Cristianismo, e a sua filha Susana. Pensavam os fugitivos estarem já livres de perseguições quando foram obrigados a defender-se dos árabes que dominavam a região. Com astúcia, prepararam uma armadilha e capturaram o jovem Domus de cujo resgate esperavam obter a paz. Enquanto decorriam as negociações, Domus e Susana apaixonaram-se e o mouro pediu para ser baptizado para poder casar-se com a jovem. O acordo com os muçulmanos era assim impossível e decidiram todos fugir, deixando Portucale (Porto) em direcção ao Oriente. Chegados ao topo da Serra de Santa Justa depararam com uma paisagem lindíssima e a apaixonada Susana exclamou um elogio sincero ao vale longo que sob os seus olhos se estendia. Desceram ao vale e nele decidiram ficar para sempre, edificando as primeiras casas de uma povoação que se veio a chamar Susão, em memória da bela Susana. O vale que Susana tinha achado belo e longo ficou conhecido como Valongo.
Lenda do Rei Ramiro
Uma antiga lenda que remonta ao século X, conta que o rei Ramiro II de Leão se apaixonou por uma bela moura de sangue azul, irmã de Alboazer Alboçadam, rei mouro que possuía as terras que iam de Gaia até Santarém. Influenciado pela sua paixão e com a intenção de pedir a moura em casamento, Ramiro decidiu estabelecer a paz com Alboazer, que o recebeu no seu palácio de Gaia. Apesar de já ser casado, Ramiro pensou que seria fácil obter a anulação do seu casamento pelo parentesco que o unia a D. Aldora. Alboazer recusou terminantemente: nunca daria a irmã em casamento a um cristão e, de todas as formas, esta já estava prometida ao rei de Marrocos. O rei Ramiro, vexado, pareceu aceitar a recusa, mas pediu ao astrólogo Amã que estudasse os astros para decidir qual a melhor altura para raptar a princesa e levou-a consigo nessa data propícia. Dando por falta da irmã, Alboazer ainda chegou a tempo de encontrar os cristãos a embarcar no cais de Gaia. Gerou-se uma luta favorável ao rei cristão, que levou a princesa moura para Leão, a baptizou e lhe deu o nome de Artiga, que tanto significava castigada e ensinada como dotada de todos os bens. Alboazer, para se vingar, raptou a legítima esposa do rei Ramiro, D. Aldora, juntamente com todo o seu séquito. Quando o rei Ramiro soube do rapto ficou louco de raiva e, juntamente com o seu filho D. Ordonho e alguns vassalos, zarpou de barco para Gaia. Aí chegados Ramiro disfarçou-se de pedinte e dirigiu-se a uma fonte onde encontrou uma das aias de D. Aldora a quem pediu um pouco de água, aproveitando para dissimuladamente deitar no recipiente da água meio camafeu, do qual a rainha possuía a outra metade. Reconhecendo a jóia, D. Aldora mandou buscar o rei disfarçado de pedinte e, por vingança da sua infidelidade, entregou-o a Alboazer. Sentindo-se perdido, o rei Ramiro pediu a Alboazer uma morte pública, esperando com astúcia ganhar tempo para poder avisar o seu filho através do toque do seu corno de caça. Ao ouvir o sinal combinado, D. Ordonho acorreu com os seus homens ao castelo e juntos mataram Alboazer e o seu povo, para além de destruírem a cidade. Levando D. Aldora e as suas aias para o seu barco, o rei Ramiro atou uma mó de pedra ao pescoço da rainha e atirou-a ao mar num local que ficou a ser conhecido por Foz de Âncora. O rei Ramiro voltou para Leão onde se casou com a princesa Artiga, de quem teve uma vasta e nobre descendência.
Lenda de Pedro Sem
A torre medieval que se encontra diante do antigo Palácio de Cristal, no Porto, é ainda hoje conhecida por Torre de Pedro Sem. A história diz que essa torre pertencia a Pêro do Sem, doutor de leis, jurisconsulto e chanceler-mor de D. Afonso VI, no século XIV. Mas a lenda remete para uma data posterior, no século XVI, a existência de um personagem Pedro Sem que vivia no seu Palácio da Torre. Possuindo muitas naus na Índia, Pedro Sem era um mercador rico mas não tinha títulos de nobreza, o que muito o afectava. Era também usurário, emprestando dinheiro a juros elevados, à custa da desgraça alheia, enquanto vivia rodeado de luxo. Estavam as suas naus a chegar, carregadas de especiarias e outros bens preciosos, quando a sua máxima ambição foi realizada através do seu casamento com uma jovem da nobreza, em troca do perdão das dívidas de seu pai. Decorria a festa de casamento, que durou quinze dias consecutivos, quando as naus de Pedro Sem se aproximaram da barra do Douro. O arrogante mercador acompanhado pelos seus convidados subiu à torre do seu palácio e, confiante do seu poder, desafiou Deus, dizendo que nem o Criador o poderia fazer pobre. Nesse momento, o céu que estava azul deu lugar a uma grande tempestade! Pedro Sem assistiu, impotente e encharcado pela chuva, ao naufrágio das suas naus. De seguida, a torre foi atingida por um raio que fez deflagrar um incêndio que destruiu todos os seus bens. Arruinado, Pedro Sem passou a pedir esmola nas ruas, lamentando-se a quem passava: "Dê uma esmolinha a Pedro Sem, que teve tudo e agora não tem...".
Lenda dos Tripeiros
No ano de 1415, construíam-se nas margens do Douro as naus e os barcos que haveriam de levar os portugueses, nesse ano, à conquista de Ceuta e, mais tarde, à epopeia dos Descobrimentos. A razão deste empreendimento era secreta e nos estaleiros os boatos eram muitos e variados: uns diziam que as embarcações eram destinadas a transportar a Infanta D. Helena a Inglaterra, onde se casaria; outros diziam que era para levar El-Rei D. João I a Jerusalém para visitar o Santo Sepulcro. Mas havia ainda quem afirmasse a pés juntos que a armada se destinava a conduzir os Infantes D. Pedro e D. Henrique a Nápoles para ali se casarem... Foi então que o Infante D. Henrique apareceu inesperadamente no Porto para ver o andamento dos trabalhos e, embora satisfeito com o esforço despendido, achou que se poderia fazer ainda mais. E o Infante confidenciou ao mestre Vaz, o fiel encarregado da construção, as verdadeiras e secretas razões que estavam na sua origem: a conquista de Ceuta. Pediu ao mestre e aos seus homens mais empenho e sacrifícios, ao que mestre Vaz lhe assegurou que fariam para o infante o mesmo que tinham feito cerca de trinta anos atrás aquando da guerra com Castela: dariam toda a carne da cidade e comeriam apenas as tripas. Este sacrifício tinha-lhes valido mesmo a alcunha de "tripeiros". Comovido, o infante D. Henrique disse-lhe então que esse nome de "tripeiros" era uma verdadeira honra para o povo do Porto. A História de Portugal registou mais este sacrifício invulgar dos heróicos "tripeiros" que contribuiu para que a grande frota do Infante D. Henrique, com sete galés e vinte naus, partisse a caminho da conquista de Ceuta.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Biografia de Gil Vicente
http://www.citi.pt/gilvicenteonline/
Entrevistas imaginárias a Gil Vicente:
http://videos.sapo.pt/NPV7NBnvbPQqFszonaG4
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gil_Vicente
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
sábado, 30 de junho de 2007
quinta-feira, 28 de junho de 2007
O Perfume vs As Confissões de Lúcio
http://www.geocities.com/slprometheus/html/oc13.htm
http://www.citador.pt/biblio.php?op=21&book_id=1809
http://www.bravonline.com.br/noticias.php?id=2442
http://www.instituto-camoes.pt/CVC/contomes/03/comptexto.html
http://www.instituto-camoes.pt/CVC/contomes/03/texto.html
http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/p00004.htm
http://www.verbeat.org/blogs/miltonribeiro/arquivos/2006/03/livro_bom.html
http://www.rascunho.net/critica.asp?id=1000
http://pt.shvoong.com/books/500067-confissao-lucio/
Textos argumentativos:
1- Imagina que eras contratado como advogado de defesa de Lúcio. Num texto argumentativo expõe a sua defesa.
2- Imagina que eras contratado como advogado de defesa de Jean-Baptiste. Num texto argumentativo expõe a sua defesa.
3- Compara os perfis dos protagonistas das duas histórias.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
terça-feira, 19 de junho de 2007
Exames do 9º Ano
http://www.gave.min-edu.pt/np3/32.html
sábado, 16 de junho de 2007
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Verbos Copulativos, Transitivos e Intransitivos
Ex.: A Aia era leal.
2.Verbos Transitivos: são acompanhados por complementos directos e /ou indirectos.
2.1- Verbos Transitivos Directos: São acompanhados por complementos directos.
Ex. A Aia salvou o príncipe.
2.2- Verbos Transitivos Indirectos: São acompanhados por complementos indirectos.
Ex. O Ramos telefonou ao Silvestre.
2.3- Verbos transitivos directos e indirectos: São acompanhados por complementos directos e indirectos.
Ex. A Rainha ofereceu um tesouro à Aia.
3. Verbos Intransitivos: Não são acompanhados por complementos directos nem indirectos.
Ex. A Aia morreu.
Acentuação
2. graves (ou paroxítonas). São as palavras em que a tónica é colocada na penúltima sílaba.
3. esdrúxulas (ou proparoxítonas). São as palavras em que a tónica é colocada na antepenúltima sílaba.
Regras da Acentuação:
http://www.publico.clix.pt/nos/livro_estilo/17-acentuacao.html
terça-feira, 5 de junho de 2007
"O Infante" de Fernando Pessoa
O INFANTE - FERNANDO PESSOA
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Fernando Pessoa
domingo, 3 de junho de 2007
Poema do Mês - Junho
Lágrima de Preta - António Gedeão
Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhai-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
(António Gedeão)
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Correcção da ficha de leitura sobre o conto: "A Estrela" de Vergílio Ferreira
Correcção da ficha de leitura sobre o conto: "A Estrela" de Vergílio Ferreiral.
Lê atentamente o primeiro parágrafo.
1.1- Situa a acção no tempo.
Um dia à meia-noite.
1.2- Descreve a estrela e indica onde se encontrava àquela hora.
Era a estrela mais gira ao céu, muito viva , bonita e passava por cima da torre.
1.3- Indica um recurso estilístico presente nesse parágrafo.
É a adjectivação "mais gira, muito viva".
(Pergunta de retórica "Como é que a não tinham roubado?''').
1.4- Que pensava Pedro fazer com a estrela?
Pedro pensou em guardá-la no seu quarto, talvez a trouxesse ao peito, ou talvez a desse à mãe para enfeitar o cabelo.
1.5- Indica os graus dos adjectivos presentes na frase; "Era a estrela mais gira do céu, muito viva...".
“A mais gira” - grau superlativo relativo de superioridade; “muito viva” - grau superlativo absoluto sintético.
2- Lê com atenção o segundo parágrafo.
2.1- Caracteriza o Pedro.
O Pedro tinha sete anos, era ágil, tinha algum medo, estava descalço, suava, tinha as calças a cair, não tinha bolsos e tinha sono.
2. l. l - Quais os processos utilizados na sua caracterização.
Caracterização directa e heterocaracterização.
2.2- Qual o recurso estilístico presente na expressão "...porque o medo vinha a correr também atrás dele ". Personificação.
2.3- De que modo Pedro transportou a estrela? Entalou-a no cordel das calças.
2.4- Indica dois recursos estilísticos presentes na descrição da estrela,
Comparação - 'lembrava um pirilampo..."; adjectivação - "formidável, maior",
3. Lê desde o terceiro parágrafo até "...só tinha luz quando ele tinha sono ".
3.1-0 que pensou a mãe quando o Pedro gritou?
Pensou que fossem restos de sonho.
3.2-0 que estava dentro da caixa pela manhã?
Uma estrela que parecia de lata.
3.3- Como passou o Pedro o dia?
Passou o dia muito quieto, muito triste e mal comia.
3.4- O que o pai pensou do comportamento de Pedro?
Pensou que ele tinha tramado alguma ou estava para tramar.
3.5- O que aconteceu à noite?
A estrela voltou a brilhar.
3.6- Que conclusão tirou o Pedro?
O Pedro concluiu que a estrela só brilhava à noite.
4. Lê desde "Aconteceu então..." até "...não fosse o diabo tecê-las.".
4.1-0 que causou o burburinho?
Foi um velho que começou a berrar coisas que não se percebiam por terem roubado a estrela.
4.2- QuaÍ a relação de Pedro com o velho?
Pedro conhecia bem o velho que gostava dele e o chamava da varanda, dava-lhe berlindes, aguçava-lhe o bico do pião e contava-lhe histórias.
4.3- Por que motivo foi o velho que descobriu o roubo? O velho já não podia trabalhar e não tinha sono, por isso durante a noite olhava as estrelas.
4.4- Como reagiu o sr. António Governo?
Não se importou com o roubo da estrela, porque não se queria meter em chatices.
4.5- Por que motivo o Cigarra não concordava com o Sr. António Governo?
Não concordava, porque ele considerava que as estrelas enfeitam e tinham roubado a mais bonita.
4.6- Por que razões o pai se colocou do lado do Cigarra e do velho?
Não gostava do Governo e devia favores ao velho.
4.7- O que fazia Pedro quando se falava em casa do roubo da estrela?
Fazia que não ouvia, muito encavacado, comendo depressa para se raspar logo para a cama.
5, Lê desde "Ora certa noite..." até "...amanhã falamos."
5.1- Identifica um recurso estilístico presente no primeiro parágrafo desta parte.
É a comparação "como se lhe estivesse a pedir a alma ".
5.2- Quem e como descobriu que tinha sido Pedro a roubar a estrela?
Foi a mãe, quando viu luz por debaixo da porta e entrou no quarto, vendo-o com a estrela na mão.
6- Lê desde "Mas no outro dia..." até ao final,
6. l - Por que motivo a freguesia achava que a estrela não era aquela?
A estrela não brilhava durante o dia.
6.2- Por que motivo o pai disse que deveria ser o Pedro a colocar a estrela no sítio?
Tinha sido o Pedro que a tinha tirado.
6.3- O que aconteceu a Pedro depois de ter colocado a estrela no seu sítio?
Caiu e morreu.
6.4- O que pretenderá transmitir o autor deste conto?
O autor pretende transmitir que quando concretizamos o sonho, não nos sentimos satisfeitos, mas se deixamos de sonhar a nossa vida deixa de ter sentido.
http://www.criticaliteraria.com/9724717135
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Síntese do episódio da Tempestade
2- Canto: VI
3- Plano: Plano da Viagem, Plano Mitológico (e Plano da História de Portugal só na chegada à Índia)
4- Narrador: Luís de Camões;
5- Responsável pela tempestade: Baco
6- Ajudante dos portugueses: Vénus, pedindo às ninfas que seduzissem os ventos.
Trabalho realizado por: Samuel 9º B
Síntese do episódio do Adamastor
2- Canto: V
3- Plano: Viagem e mitológico
4- Narrador: Vasco da Gama (participante e subjectivo)
5- Simbologia do Adamastor:
a) Geograficamente, simboliza o Cabo das Tormentas;
b) Historicamente, representa as dificuldades e obstáculos que os portugueses tiveram que enfrentar nas suas viagem;
c) Mitologicamente, significa a fustracão amorosa pelo amor não correspondido;
d) O castigo por enfrentar os deuses.
6- Estrutura do episódio:
7-Caracterização do Adamastor:
“Hua figura, robusta e válida,
De disforme e grandíssima estrutura;
O rosto carregado, a barba esquálida,
Os olhos encovados, e a postura
Medonha e má, e a cor terrena e pálida;
Cheios de terra e crespos os cabelos,
A boca negra, os dentes amarelos.”
“Tão grande era de membros…
Cum tom de voz nos fala, horrendo e grossa,…”
“…o monstro horrendo…
A boca e os olhos negros…
…com voz pesada e amara…”
8- Comparação entre o Mostrengo e o Adamastor:
http://educom-nt.educom.pt/proj/por-mares/adamastor_mostrengo.htm
http://novosnavegantes.blogs.sapo.pt/5409.html
Trabalho realizado por: Samuel Leite, 9º B
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Eça de Queirós
Encontrei um blog muito interessante sobre "Os Maias" e aqui deixo o endereço para todos os que sintam curiosidade:
http://oegodequeiros.blogs.sapo.pt/
Quem preferir "O Crime do Padre Amaro" deve consultar:
http://twice.blogs.sapo.pt/
Síntese do episódio da Batalha de Aljubarrota
2- Canto: IV
3- Plano: História de Portugal
4- Narrador: Vasco da Gama (subjectivo e omnisciente)
5- Causas da Guerra:
“Uns leva a defensão da própria terra,
Outros as esperança de ganhá-la.”
“Outros a sede dura vão culpando
Do peito cobiçoso e sitibundo,
Que, por tomar o alheio…”
6- Consequências da guerra:
“Encobrem no profundo peito a dor
Da morte, da fazenda despendida,
Da mágoa, da desonra e triste nojo
De ver outrem triunfar de seu despojo”
“Que, por tomar o alheio, o miserando
Povo aventura às penas do Profundo, …”
“Deixando tantas mães, tantas esposas,
Sem filhos, sem maridos, desditosas.”
Trabalho realizado por Samuel e Nuno do 9º B
Conteúdos para a 5ª prova de avaliação do 9º Ano - 29 / 5 / 2007
Planos narrativos;
Tipos de episódios.
Voz passiva.
Recursos estilísticos
Simbologia do adamastor.
Características da tragédia clássica.
Classificação morfológica
Classificação das estrofes, dos versos e tipos de rima.
Orações subordinadas.
Discurso indirecto
Conjugação pronominal
Conjugação perifrástica.
Composição.
Ficha Formativa:
http://ebleonardocoimbra.nonio.uminho.pt/mod/resource/view.php?id=117
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Educar & Ensinar... Simplesmente inteligente.
"Há professores e há educadores".
segunda-feira, 7 de maio de 2007
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Síntese do episódio de Inês de Castro
2- Canto: III
3- Plano: História de Portugal
4- Narrador: Vasco da Gama (omnisciente e subjectivo)
5- Argumentos de Inês:
a) Oposição entre a crueldade dos homens e piedade dos animais selvagens pelas crianças (126);
b) Não é humano matar uma donzela inocente (127);
c) Invocação da sua fraqueza da sua inocência e da orfandade dos seus filhos (127);
d) Pedido de clemência (128);
e) Sugestão de exílio na Cítia ou na Líbia ou entre os leões e tigres (129);
6- Evolução psicológica de D. Afonso IV:
1º Determina matar Inês, por causa do murmurar do povo e do filho que não se queria casar com outra (122-123);
2º Fica com piedade, porque viu Inês com as crianças (124);
3º O Rei é persuadido pelo povo com falsas e ferozes razões (124);
4º Queria perdoar-lhe por causa do seu discurso (130);
5º O povo convence o Rei a matá-la, porque assim estava destinado (130);
7- Características da tragédia clássica presentes no episodio de Inês:
a) Personagens de alta estirpe social – “Depois de ser morta foi rainha”
b) Presença de sentimentos de piedade e horror:
“Já movido a piedade”;“horríficos algozes”;“ brutos matadores”;”férvidos e irosos”; "olhos piedosos”.
c) Presença do destino que castiga personagens inocentes: - “Que a fortuna não deixa durar muito…”;”E o seu destino (que desta sorte o quis)”
d) Existência de um ponto culminante
Decisão de matar e morte de Inês (130-132)
e) Existência de um coro que vai comentando as partes mais trágicas.
Comentários do narrador: “contra uma dama, ó peitos carniceiros, Feros vos amostrais e cavaleiros?”
Poema do Mês - Maio
Menina em teu peito sinto o Tejo
e vontades marinheiras de aproar
menina em teus lábios sinto fontes
de água doce que corre sem parar
menina em teus olhos vejo espelhos
e em teus cabelos nuvens de encantar
e em teu corpo inteiro sinto o fenorijo
e tenro que nem sei explicar
se houver alguém que não goste
não gaste - deixe ficar
que eu só por mim quero-te tanto
que não vai haver menina p'ra sobrar
aprendi nos "Esteiros" com Soeiro
aprendi na "Fanga" com Redol
tenho no rio grande o mundo inteiro
e sinto o mundo inteiro no teu colo
aprendi a amar a madrugada
que desponta em mim quando sorris
és um rio cheio de água levada
e dás rumo à fragata que escolhi
se houver alguém que não goste
não gaste - deixe ficar...
que eu só por mim quero-te tanto
que não vai haver menina p'ra sobrar
(música e letra de Pedro Barroso in álbum "Cantos da borda d'água" 1985)
domingo, 29 de abril de 2007
Testes on-line
http://ebleonardocoimbra.nonio.uminho.pt/mod/quiz/attempt.php?q=10&forcenew=1
http://ebleonardocoimbra.nonio.uminho.pt/mod/quiz/attempt.php?q=11&forcenew=1
sábado, 21 de abril de 2007
Síntese do Episódio do Consílio dos Deuses
2. Planos:Viagem (19, 42-44); Mitológico (20-41)
3. Narrador- Camões, não participante (heterodiegético)
4. Canto- I
5. Argumentos dos Deuses:
Portugueses venceram os Mouros e os Castelhanos
Presente: Os Portugueses enfrentaram o desconhecido e frágeis embarcações
Futuro: Estão destinados a governar o Oriente durante muito tempo;
Baco- Tinha medo de perder a fama que tinha no oriente, se os portugueses lá chegassem;
Vénus- Considerava os portugueses semelhantes aos Romanos: pelos fortes corações, por terem conquistado o norte de África e pela língua ser idêntica à Latina; pensava que os portugueses se chegassem à Índia a iriam venerar;
Marte- Porque estava a apoiar o seu grande amor (Vénus) e
porque achava os portugueses iguais aos Romanos
Trabalho efectuado por: Diogo Ribeiro, João Pinto, Miguel Pinto
9ºB
sexta-feira, 20 de abril de 2007
segunda-feira, 2 de abril de 2007
Trabalhos para Estudo Acompanhado 8º Ano - 3º Período
a) Formação do grupo;
b) Escolha das cenas;
c) Distribuição das personagens;
d) Ensaio;
e) Representação.
2º Representação de um texto dramático escrito pelo grupo;
a) Formação do grupo;
b) Criação ou adaptação de um texto;
c) Distribuição das personagens;
d) Ensaio;
e) Representação.
sexta-feira, 30 de março de 2007
Simbologia do Adamastor
quarta-feira, 28 de março de 2007
Características da Tragédia Clássica Presentes no Episódio de Inês de Castro
http://www.notapositiva.com/trab_professores/textos_apoio/portugues/Ines_de_Castro.htm
- Personagens de elevada estirpe social;
"...depois de morta foi rainha."
- Existência de um ponto culminante;
Decisão de matar Inês.
- Presença de sentimentos como o terror e a piedade;
"horríficos algozes", "já movido a piedade", "Ela, com tristes e piedosas vozes...","os olhos piedosos", "Se neles posso achar a piedade / Que entre peitos humanos não achei.",
"Mova-te a piedade sua e minha,""Contra ua dama, ó peitos carniceiros, /Feros vos amostrais e cavaleiros?", "Tais contra Inês os brutos matadores", "Se encarniçavam, férvidos e irosos".
- Presença do destino e da fatalidade que dominam as personagens inocentes;
"(Que desta sorte o quis)" , "...e seu destino....", "Pois te não move a culpa que não tinha." "...se to assi merece esta inocência,".
- O narrador substitui um coro que vai comentando os acontecimentos trágicos.
"(Que desta sorte o quis)", "Contra ua dama, ó peitos carniceiros, Feros vos amostrais e cavaleiros?"
O Episódio apresenta uma estrutura que é composta por uma
Introdução, (III, 118-9); os Antecedentes (.as memórias de alegria., est. 120-22); a
Ação Central . a morte de Inês (est. 123-132) e Considerações finais (est. 133-135).
1. A Introdução contém:
* anúncio do episódio, .o caso triste e dino de memória. (118)
a responsabilização do Amor . força trágica e fatal . .Tu só tu, puro
Amor com força crua/ (...) Deste causa à molesta morte sua..
2. O Acontecimento:
* as .memórias de alegria.
* o .engano de alma, ledo e cego., de Inês (120)
* o amor recíproco (121)
* um oponente e um destinador . .o velho pai sesudo. (122)
o dia fatal (124-132); - Inês junto ao Rei (124-125); - Discurso de Inês
(126-129); - Piedade do Rei; contraste entre os .horríficos algozes. (130).
3. O desenlace . A Morte de Inês (132).
Quem escreveu "Os Lusíadas"?
- Diz-me lá quem escreveu "Os Lusíadas"?
O aluno, a gaguejar, responde:
- Não sei, Sra. Professora, mas eu não fui.
E começa a chorar. Aprofessora, furiosa, diz-lhe:
- Pois então, de tarde, quero falar com o teu pai.
Em conversa com o pai, a professora faz-lhe queixa:
terça-feira, 27 de março de 2007
Poema do Mês - Abril
http://www.youtube.com/watch?v=7rLpDkv7C1w
Quem por amor se perdeu não chore, não tenha pena
Uma das santas do céu foi Maria Madalena!
Desse amor que nos encanta
Até Cristo padeceu
Para poder tornar santa
Quem por amor se perdeu
Jesus só nos quis mostrar que o amor não se condena
Por isso quem sabe amar não chore, não tenha pena!
A Virgem Nossa Senhora
Quando o amor conheceu
Fez da maior pecadora
Uma das santas do céu
E de tanta que pecou, da maior à mais pequena
E aquela que mais amou foi Maria Madalena!
segunda-feira, 26 de março de 2007
Batalha de Aljubarrota
Está Vasco da Gama a contar a História de Portugal ao Rei de Melinde, referindo a morte de D. Fernando e respectivas consequências, e referindo também D. João, Mestre de Avis, e toda a sua história de nomeação a Regedor e Defensor do Reino. Dá desenlace à batalha contra Castela que se travou em 14 de Agosto de 1383.
O Rei de Castela invade Portugal, e poucos eram os que queriam combater pela Pátria. Mas os que estavam dispostos a defender o seu Reino, onde se destacava Nuno Álvares Pereira, iriam defendê-lo com a convicção da vitória, pois o país vizinho tinha enfraquecido bastante no reinado de D. Fernando e D. João I era garantia de valor e sucesso e nunca Portugal tinha saído derrotado dos combates contra os Castelhanos.
No início desta batalha, o som da trombeta castelhana causa efeitos não só nos guerreiros, como nas mães, que apertam os filhos ao peito, e também na natureza: o Guadiana, o Alentejo, o Tejo ficam assustados!
Na descrição da batalha, destacam-se as actuações de Nuno Álvares Pereira e de D. João, Mestre de Avis; salienta-se também o facto dos irmãos de Nuno combaterem contra a própria Pátria, acabando por morrer numa batalha em que foram traidores de Portugal.
No final, Camões refere o desânimo e a fuga dos Castelhanos, que novamente foram derrotados pelos lusitanos.
Inês de Castro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inês_de_Castro
http://www.vidaslusofonas.pt/inesdecastro.htm
http://www.cartografia.eng.br/sandraperes/academico/inescastro.php
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=511
http://www.hotel-dona-ines.pt/Geral/Historia.html
http://www.universal.pt/scripts/hlp/hlp.exe/artigo?cod=5_31
http://www.portugalvirtual.pt/_lodging/costadeprata/quinta.das.lagrimas/pthistory.html
http://estagioesdica.no.sapo.pt/estagio.htm
http://oslusiadas.no.sapo.pt/episodio8.html
Inês de Castro é uma figura da história de Portugal tomada inúmeras vezes como tema de várias obras literárias, não só na literatura nacional, como também na de outros países.
A Inês de Castro histórica era filha de um fidalgo galego, D. Pedro Fernandes de Castro. Foi uma das damas que acompanharam D. Constança quando esta veio para Portugal para casar com D. Pedro, futuro D. Pedro I, filho de D. Afonso IV. Este apaixonou-se por D. Inês, de quem teve filhos, e, segundo algumas fontes, declarou ter casado com ela, secretamente, já após a morte de D. Constança.
O amor de D. Pedro e D. Inês suscitou forte oposição por motivos de ordem política. Temia-se que D. Fernando (filho de D. Pedro e D. Constança) fosse afastado do trono, tornando-se herdeiros da coroa os filhos de D. Inês. Por esse motivo, D. Afonso IV, pressionado pelos seus conselheiros, mandou executar Inês.
Esta história de amor trágico tem sido tema de obras teatrais, narrativas e líricas que abordam, em maior ou menor grau, quer o fundo psicológico de Inês, quer o conflito de que ela é centro. Como fonte mais próxima dos acontecimentos, os escritores que a ela se referiram tinham as crónicas de Fernão Lopes e Rui de Pina, entre outros.
A primeira aparição dos amores de D. Inês na literatura dá-se com as Trovas à Morte de Inês de Castro, de Garcia de Resende, no Cancioneiro Geral de 1516. Nelas, Inês, no Inferno, lamenta a tristeza da sua sorte, advertindo as mulheres para os perigos do amor. No entanto, é com Os Lusíadas, de Luís de Camões, que se constitui o mais influente fundo lírico do episódio de D. Inês de Castro, a «linda Inês», tal como surge no canto III. Muitas das referências a espaços, como os campos do Mondego, e à figura dos carrascos surgem pela primeira vez neste poema, como parte integrante da história nacional. A influência da obra de Camões, em geral, na literatura portuguesa, contribuíu em muito para firmar Inês de Castro como uma das suas personagens mais férteis. Em 1587, era editada A Castro, a primeira tragédia clássica portuguesa, que, como tema nacional, aproveitava precisamente os amores de D. Inês, dando particular atenção ao conflito interior de D. Afonso IV, nas suas hesitações quanto à sorte a dar à mulher do seu filho.
Ao longo dos séculos, a história de D. Pedro e D. Inês foi sendo enriquecida com inúmeros outros pormenores, dentro e fora de Portugal. O espanhol Jeronimo Bermudez escreveu a Nise Lacrimosa. No século XVII, a união com Espanha proporcionou um maior contacto cultural entre os dois países. Escritores portugueses escreveram também sobre o tema em castelhano, como foi o caso de D. Francisco Manuel de Melo, com os Sonetos a la Muerte de D. Inês de Castro. No século XVIII, Inês de Castro (1723), do francês Houdar de la Motte, celebrizou a história de Inês em toda a Europa, acentuando os aspectos sentimentais.
Em Portugal, os amores de D. Inês popularizaram-se, não só na literatura erudita (com os árcades Manuel de Figueiredo e Reis Quita), mas também entre o povo, com o teatro de cordel. Também Bocage lhe dedicou uma cantata.
Com o Romantismo, aumentou o interesse pelos factos históricos associados ao episódio. Alexandre Herculano e Oliveira Martins, entre outros, procuraram investigar, com algum rigor, as pessoas e factos históricos. No entanto, o fundo sentimental dos amores trágicos do par destes amantes respondia também ao gosto do público, quer pelo seu fatalismo, quer pelo conflito, que opunha o indivíduo à sociedade (corporizada no Estado e em Afonso IV), quer pela sua localização na época medieval. O historicismo que caracteriza este período reflecte-se, pois, na literatura então escrita sobre o tema, e nomeadamente nos dramas históricos de Henrique Lopes de Mendonça (A Morta) e António Patrício (Pedro, O Cru), sendo de notar uma crescente atenção à figura de D. Pedro.
Após o Romantismo, o tema persistiu vivamente numa literatura de carácter nacionalista e saudosista, explorando aspectos da lenda, persistindo em todo o século XX. Mais recentemente, podem indicar-se exemplos como os dos poetas Ruy Belo, Miguel Torga ou Natália Correia. Mesmo a nível internacional, e já no século XX, alguns escritores têm recorrido a Inês de Castro como tema das suas obras. Disso é exemplo o escritor existencialista francês Henri de Montherlant, com La Reine Morte.
Enquanto personagem, Inês de Castro tem assumido características diferentes de acordo com o autor e a época em que os textos são produzidos. A universalidade e intemporalidade do tema do amor puro (que sobrevive à morte, no caso de D. Pedro; um dos aspectos fecundos da lenda é o da coroação de Inês, já morta, por D. Pedro, e o da vingança cruel do rei, que persegue e executa barbaramente os seus carrascos), a tragédia da morte inocente face à mesquinhez dos interesses humanos, têm garantido à figura de D. Inês uma resistência ao tempo e possibilitado uma actualização permanente, em termos estéticos, dos meios de contar a sua história. Mais do que uma personagem, Inês, e com ela D. Pedro, é o símbolo do amor inocente e infeliz.
domingo, 25 de março de 2007
Poema do Mês
Ver declamação em:
http://www.youtube.com/watch?v=CozIGkNVhJM
Poema em Linha Recta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
sábado, 24 de março de 2007
Recital de Poesia e da Venda de Crepes
O júri, formado pelas professoras Ilídia Freitas e Vera Costa e por dois alunos, atribuiu o primeiro prémio à aluna Beatriz Fonseca do 9º A, que recitou o poema “Eu penso”, da sua autoria; o segundo prémio aos alunos Tiago Lopes, Aristides Santos, Diana Magalhães, Ana Magalhães, Cristiano Costa, Diana Queirós, Pedro Borges e Tânia Ferreira que cantaram ”Menina que estás à Janela” e “Ó Elvas, Ó Elvas”; o 3º prémio foi atribuído, pelo segundo ano consecutivo, à aluna Marine Pinto, desta vez com o poema “Urgentemente” Eugénio de Andrade. Paralelamente, foram vendidos deliciosos crepes no hall da Escola, graças ao precioso empenho do professor Francisco Correia, com o objectivo de angariar fundos para a aquisição de um gravador de DVD combinado com leitor de VHS para ser utilizado pelo grupo. A actividade terminou às 13 horas com a entrega dos prémios, gentilmente oferecidos pela Porto Editora, pelo vencedor do ano anterior, Camilo Rebelo.
quinta-feira, 22 de março de 2007
terça-feira, 20 de março de 2007
quinta-feira, 15 de março de 2007
A Fuga de Wang-Fô
Continuação
http://www.youtube.com/watch?v=iZxxZw0Fn4I
http://www.youtube.com/watch?v=Rytyb0YRe4s
sexta-feira, 9 de março de 2007
Debate "Entre Palavras"
Tema em debate: Anorexia
O debate interturmas foi moderado por duas alunas, iniciando-se coma leitura da notícia: http://jn.sapo.pt/2006/11/19/sociedade_e_vida/agencias_modelos_exigem_atestados_e_.html
publicada no Jornal de Notícias e com a apresentação de um anúncio da Suécia sobre a anorexia:
http://www.youtube.com/watch?v=pkI1Yrf66_0 .
Depois, procedeu-se ao debate propriamente dito, tendo as moderadoras definido a anorexia e perguntado quais as causas. As causas apresentadas pelos participantes foram:
- Exigências da sociedade: “culto da magreza”;
- Exigências do mundo da moda;
- Exigências profissionais;
- Problemas familiares;
- Influência do grupo;
- Tamanhos do vestuário;
- Publicidade, cinema, Internet, meios de comunicação social;
- Estilistas que só se preocupam em desenhar para pessoas magras;
- Olhar crítico dos outros (uma aluna referiu o seu caso pessoal, por ter sido discriminada e “gozada” por ser mais gorda; inicialmente, sentia-se infeliz com a situação, tentou emagrecer, mas teve problemas físicos e concluiu que os outros tinham de a aceitar tal como ela era);
Depois de enunciadas as causas, passou-se às consequências:
- Morte (como na notícia);
- Solidão;
- Isolamento;
- Luta contra o organismo;
- Vida sentimental prejudicada;
- Excesso de exercício físico;
- Agressividade / alterações de humor / discussões;
- Tonturas / alterações do ciclo menstrual;
- Comprimidos e “dietas loucas”.
De seguida, discutiu-se “o que é ser belo?”, tendo um aluno referido que o ideal seria manter uma relação saudável peso / altura, mas a maior beleza seria a interior e a valorização das capacidade reais das pessoas e não o seu aspecto físico.
Por último, os alunos apontaram algumas formas possíveis de tratamento e de ajuda para combater a anorexia:
- Terapia familiar (estímulos);
- Amigos;
- Ajuda especializada: psicologia, psiquiatria, nutricionismo;
- Controlo dos números do vestuário vendido nas lojas.
Assim, concluiu-se que será necessário alterar a mentalidade da sociedade.
O Debate foi muito proveitoso, porque permitiu que os alunos pesquisassem, respeitassem as opiniões dos colegas e expressassem a sua opinião, desenvolvendo o espírito crítico. É de salientar a capacidade de liderança das duas alunas que moderaram o debate com organização e pluralidade.
Ficha formativa de gramática 9º ano
"Já no largo Oceano navegavam" ____________________
2- "Cesse tudo o que a Musa antiga canta, / Que outro valor mais alto se levanta. "
Passe os versos transcritos para o discurso indirecto.
Camões pediu ___________________________________
3. Os portugueses encontraram povos de outras culturas. Os portugueses eram aventureiros.
3.1- A partir das frases transcritas, construa uma que contenha uma oração coordenada conclusiva. __________________________________________________
3.2- Passe a primeira frase para a voz passiva.
________________________________________________
3.3- Escreva a primeira frase substituindo a expressão destacada por um pronome. __________________________________________________
3.4- Das frases transcritas, indique:
a) Um complemento directo.
b) Um predicativo do sujeito.
c) Uma palavra derivada por sufixação.
d) Um verbo no pretérito imperfeito do indicativo.
e) Um sujeito:
f) Um complemento determinativo:
g) Um verbo transitivo directo:
h) Se não soubesse o significado de “culturas”, qual seria a palavra que procurarias no dicionário?
4. Os deuses juntaram-se no Olimpo.
Inicie a frase transcrita por amanhã, passando a forma verbal para o futuro.
Amanhã, ________________________________________
quinta-feira, 8 de março de 2007
Recursos Estilísticos
Aférese - Supressão de fonema no princípio do vocábulo. Ex: Fugindo, a seta o Mouro vai tirando
Alegoria - Expressão de ideias através de imagens. Um símbolo, por meio de imagens, dá a impressão de ideias. A alegoria está sob a forma de uma intenção nítida, pormenorizada, precisa; o símbolo está sob a forma de uma criação livre, onde a iseia e a imagem se encontram fundidas. Simplificando: a alegoria é uma forma de metáfora e verifica-se quando a mudança de significação se dá numa frase. Ex: Assi que sempre, enfim, com fama e glória, teve os troféus pendentes da vitória
Anacoluto - Frase quebrada, mudada a concordância inicial para outra diversa. Ex: Este povo que é meu, por quem derramo, por ele a ti rogando, choro e bramo
Anáfora - Repetição de uma mesma palavra. Ex:Vistes que com grandíssima ousadia, vistes aquela insana fantasia, vistes e ainda vemos cada dia.
Anástrofe - Inversão da ordem natural das palavras. Ex: Esses seus muito azuis olhos.
Antanáclase - Repetição da mesma palavra, mas com outro sentido. Ex: Eles assim vão, andando em vão.
Antítese - Aproximação de termos contrários para os realçar. Ex: Amor é fogo que arde sem se ver
Antonomásia - Uso de um nome ou expressão sugestivos em lugar do nome próprio. Ex: Fala-se do Glorioso e todos sabem que se referem ao Benfica
Apócope - Supressão de fonemas no fim do vocábulo. Ex: Esse mui nobre senhor
Apóstrofe - Interrupção do discurso para fazer uma invocação de alguém real ou fictício. Ex: Ó mar salgado quanto do teu sal
Assíndeto - Supressão das conjunções. Ex: Fere, mata, derriba denodado Catacrese - Uso de palavra ou frase desviada do seu sentido natural, por falta de outra apropriada. Ex: Comparação - Aproximação de dois objectos para precisar a natureza do primeiro. Ex: Os lábios como duas cerejas
Crase - Contracção de duas vogais numa só. Ex: Podias ir ao Brasil (ao=a+o)
Diácope - Uso da mesma palavra com outras pelo meio. Ex: Tu só tu minha querida Diástole - Alongamento de uma sílaba breve, ou acentuação de uma sílaba átona. Ex: Oralmente, é mais fácil. Nós dizemos "café" e no Alentejo, dizem "caféi"
Disfemismo - Emprego de um termo ou expressão grosseiro e pouco elegante para dar intensidade à frase. Ex: Esticou o pernil
Ectlipse - Supressão do m final de certas palavras. Ex: Co a breca!
Elipse - Omissão de palavras necessárias ao sentido explícito. Ex: (vinde) Á barca, à barca! Quando se fala de narração, uma elipse é um recuo no tempo. Ex: Vi-a passar com a cesta na mão. Tal como antes, quando era pequena e caminhava de mão dada com a mãe. Ainda me lembro tinha eu 10 anos. Foi nessa altura que a conheci
Enálage - Uso de palavras com categoria gramatical diferente da própria. Ex: Era ele o seu prometido.
Ênfase - Pompa ou exagero do discurso. Ex: Deu-me um murro que até vi estrelas! (cientificamente impossível, a não ser que fosse de noite!)
Epanáfora - Repetição da palavra no princípio dos versos. Ex: Qual vai dizendo / Qual em cabelo
Epêntese - Aumento de um fonema ou sílaba no meio dos vocábulos. Ex: No que disse Mavorte valeroso (Mavorte é a expressão em Latim para Marte)
Epifonema - Exclamação sentenciosa com que se termina o discurso. Ex: Tanta veneração aos pais se deve! Epizeuxe (ou Repetição) - Repetição de uma palavra para enfasiar ou ordenar. Ex: Foge, foge depressa!
Eufemismo - Expressão que atenua uma realidade violenta. Ex: Exalou o seu último suspiro. (Modo gentil de dizer morreu, lerpou, bateu as botas, foi-se)
Exclamação - Expressão espontânea de um súbito sentimento. Ex: Ó glória de mandar!
Gradação -Disposição das palavras e ideias por ordem crescente ou decrescente do seu significado. Ex: Por uma omissão perde-se uma inspiração; por uma inspiração perde-se um auxílio; por um auxílio, uma contrição
Hendiadis - Figura pela qual se divide uma ideia em duas. Ex: Olha o muro e edifício resistente
Hipálage - Quando se atribui a certas palavras o que parece próprio de outras. Ex: Fumava um cigarro austero. (Austero é a qualidade da pessoa que fumava o cigarro.)
Hipérbato - Inversão violenta da ordem natural das palavras. É uma anástrofe mais evidente. Ex: Casos, que o marido teve passados.
Hipérbole - Exagero da verdade das coisas para produzir impressão mais forte. Ex: Esse livro fez correr rios de tinta.
Hipértese - Transposição de fonemas de uma palavra para outra. Ex: Imagem - Representação mais rica e animada do que a comparação ou a metáfora, que se estende a toda a frase. Pode resultar de uma combinação de metáforas e comparações. Ex: Para os vales, poedrosamente cavados, desciam bandos de arvoredos, tão copados e redondos, de um verde tão moço, que eram como um musgo macio onde apetecia rolar.
Intercalação Eufónica - Adição de um elemento fónico entre dois vocábulos para melhorar a pronúncia. Ex: Não no pode estorvar
Interrogação - Pergunta retórica, que não procura resposta mas sim dar realce ao pensamento. Ex: Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal?
Ironia - Uso de palavras com sentido contrário ao verdadeiro. Ex: Saíste-me um belo patife.
Metáfora - Mudança de significação por semelhança. A metáfora funde num só os dois termos da comparação. Ex: Flor da mocidade, cabeça de prego, língua de fogo, primavera da vida.
Metalepse - Figura em que se toma o antecedente pelo consequente e vice-versa. Ex: Sonorosas trobetas incitavam, os ânimos alegres ressoando
Metátese - Transposição de fonemas ou sílabas de um vocábulo. Ex: E com ventos contrairos a desvia
Metonímia - Substituição de um termo por outro com o qual está intimamente ligado. Ex: O escritor pela obra: ler Camões O abstracto pelo concreto: a juventude é generosa
Onomatopeia - Representação dos sons. Ex: Crac, zigue-zague, pumba
Paragoge - Aumento de fonema ou sílaba no fim das palavras.
Ex: O mártire Vicente
Parêntese - Interposição de frase num período onde forma sentido à parte. Ex: Foi quando percebi (e raramente percebo alguma coisa tão depressa) que havia mais alguém em casa.
Perífrase - Emprego de muitas palavras em lugar de poucas. Ex: Nos meses de águas vivas (No inverno)
Paronomásia - Uso, na mesma frase, de palavras semelhantes no som e diferentes no sentido. Ex: Pelo campo foge a lebre, a raposa ganhando campo
Personificação (Prosopopeia, Animismo) - Introdução no discurso, de pessoas mortas ou ausentes, animais, plantas, divindades, às quais se atribui fala, acção e sentimentos. Ex: As rãs do charco choravam.
Pleonasmo - Uso de palavras que parecem desnecessárias por repetirem ideias, mas que servem para dar mais força expressiva. Ex: Subir para cima, descer para baixo
Polissíndeto - Repetição de conjunções. Ex: E salta e pula e sobe e desce e gira
Prótese - Aumento de fonema ou sílaba no começo das palavras. Ex: Outro valor mais alto se alevanta
Quiasmo - Disposição de um período em 4 membros, em que o 1º corresponde ao 4º e o 2º ao 3º.
Reticência - Verifica-se nesta figura a suspensão do sentido. Ex: Mas moura enfim, nas mãos das brutas gentes, que pois eu fui
Silepse - Concordância de uma palavra segundo a ideia que se tem no pensamento e não segundo a ideia gramatical. Ex: Um bando de abutres pairavam sobre aquele lugar
Síncope - Supressão de fonemas no meio das palavras. Ex: Que lindo colar de perlas!
Sinédoque - Figura que consiste em tomar a parte pelo todo, o plural pelo singular. Ex: O Português é valente. (O povo Português) Praia Lusitana (Portugal)
Sinestesia - Confusão dos sentidos Ex: Cheira a mel, sabe a vento
Sístole - Figura que abrevia uma sílaba longa ou torna átona uma sílaba acentuada. Ex:
Tmese - Colocação de uma palavra dentro de outra, dividida ao meio. Por exemplo, os mesoclíticos dos tempos verbais. Ex: Dar-te-ei, olhar-me-às
Zeugma - Figura que consiste na omissão de palavras já expressas noutra oração do mesmo período. Ex: O lobo ataca com os dentes, o veado com as hastes (Subentende-se "o veado ataca")
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Exercícios:
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